sábado, 13 de fevereiro de 2016

Surrealismo: surgimento e história do movimento surrealista



O surrealismo surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que mostram a importância do inconsciente na criatividade do ser humano.

De acordo om Freud, o homem deve libertar sua mente da lógica imposta pelos padrões comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente. O pai da psicanálise, não segue os valores sociais da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a pátria.
O marco de início do surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, em 1924. Neste manifesto, foram declarados os principais princípios do movimento surrealista: ausência da lógica, adoção de uma realidade "maravilhosa" (superior), exaltação da liberdade de criação, entre outros.

Os artistas ligados ao surrealismo, além de rejeitarem os valores ditados pela burguesia, vão criar obras repletas de humor, sonhos, utopias e qualquer informação contrária a lógica.
Outros marcos importantes do surrealismo foram a publicação da revista A Revolução Socialista e o segundo Manifesto Surrealista, ambos de 1929. Os artistas do surrealismo que de destacaram mais na década de 1920 foram: o escultor italiano Alberto Giacometti, o dramaturgo francês Antonin Artaud, os pintores espanhóis Salvador Dalí e Joan Miró, o belga René Magritte, o alemão Max Ernst, e o cineasta espanhol Luis Buñuel e os escritores franceses Paul Éluard, Louis Aragon e Jacques Prévert.

A década de 1930 é conhecida como o período de expansão surrealista pelo mundo. Artistas, cineastas, dramaturgos e escritores do mundo todo assimilam as idéias e o estilo do surrealismo. Porém, no final da década de 1960 o grupo entra em crise e acaba se dissolvendo.
Cabeça, 1979, óleo sobre tela e lápis

Salvador Dalí

ARTES PLÁSTICAS

Foi através da pintura que as idéias do surrealismo foram melhor expressadas. Através da tela e das tintas, os artistas plásticos colocam suas emoções, seu inconsciente e representavam o mundo concreto.

O movimento artístico dividiu-se em duas correntes. A primeira, representada principalmente por Salvador Dalí, trabalha com a distorção e justaposição de imagens conhecidas. Sua obra mais conhecida neste estilo é A Persistência da Memória. Nesta obra,  aparecem relógios desenhados de tal forma que parecem estar derretendo. 
Os artistas da segunda corrente libertam a mente e dão vazão ao inconsciente, sem nenhum controle da razão. Joan Miró e Max Ernst representam muito bem esta corrente. 

O Jardim, Miró, 1977

domingo, 31 de janeiro de 2016

A Arte Persa

Introdução

A arte persa corresponde às diversas manifestações artísticas (pintura, arquitetura, escultura, artesanato, relevos e etc.) da civilização persa antiga. Era essencialmente uma arte imperial, já que os artistas eram contratados pelos imperadores para construírem e adornarem seus palácios e templos.

Arquitetura Persa

A arquitetura persa, embora tenha desenvolvido uma identidade própria, teve influências dos gregos, egípcios, medos e assírios.
Podemos destacar os templos religiosos, utilizados para os cultos do zoroastrismo (religião predominante entre os persas) e também para reuniões de caráter social.
Ruínas de Persépolis, Sec VI, a.C
Os palácios eram suntuosos, apresentando grandes espaços internos decorados, pois serviam de moradia para os reis e suas famílias. Estes palácios eram sustentados por grandes colunas e capiteis decorativos.
Os persas também construíram grandes mausoléus (espécie de tumbas) em homenagem aos reis e imperadores mortos.
As cidades persas também merecem destaque não só pela arquitetura, mas também pelo desenvolvimento urbano que apresentaram. A grandiosidade das cidades persas pode ser atestada até hoje, através das ruínas de Pasárgada ( uma das principais cidades do Império Persa). As cidades persas de Susa e Persépolis também são exemplos da grandiosidade e alto nível de desenvolvimento da arquitetura urbana desta civilização.

Escultura e pintura persa

Os Artistas persas esculpiram lindas esculturas, usando ouro, prata e pedras decorativas. Estas peças eram encomendadas por reis e serviam para, principalmente, ornamentar os luxuosos palácios. Em alguns palácios, os imperadores ordenavam a produção de gigantes esculturas retratando o próprio imperador, numa forma de demonstrar todo seu poder.
Os relevos decorativos também estavam presentes nestes palácios, assim como as pinturas. Estes relevos e pinturas retratavam, principalmente, aspectos sociais que mostravam a grandeza do império e do poder do imperador.
Temas da vida cotidiana dos nobres como, por exemplo, cerimônias religiosas dos persas também apareciam nestas pinturas presentes nos palácios.
Outra temática muito presente nas pinturas, esculturas e relevos, que decoravam os palácios, eram as grandes vitorias e conquistas militares realizadas pelos imperadores persas.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/arte_persa.htm

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Renascimento: As esculturas e a expansão pela Europa

Seguindo as linhas do pensamento humanista e o resgate dos valores greco-romanos, a escultura renascentista deu ênfase à importância do homem e suas atividades. Os escultores ficaram conhecidos por seus relevos e pelas ornamentações de púlpitos (a parte elevada da igreja em que o padre prega aos fiéis).
O maior escultor do renascimento foi Michelangelo. Até as pinturas desse artista possuem caráter escultórico. Sua carreira, aliás, começou como escultor.
A escultura "Davi" foi feita por encomenda. Michelangelo começou a executá-la num bloco de mármore abandonado junto à catedral. Esculpida com grande técnica, destaca quaidades "superiores" do homem, como o heroísmo, força, visão dramática e grandiosa do mundo.
Davi, Michelangelo (1501)
Outra figura importante da escultura italiana foi Donatello. Realista, suas figuras são carregadas de verdade humana, com fortes influências da escultura romana.
Fora da Itália, o renascimento também teve força.

Flandres (Holanda): pintura a óleo
O renascimento flamengo esteve muito ligado ao desenvolvimento da pintura. Suas maiores preocupações eram a pesquisa dos materiais, o aprimoramento técnico e o esforço de fazer representações que parecessem naturais.
Foram os artistas flamengos que introduziram a técnica da tinta a óleo, iniciaram a pesquisa sobre perspectiva linear, inventaram a perspectiva aérea e desenvolveram os efeitos de cor, luz e brilho.
Temas urbanos, o interior das residências, das oficinas, palácios e templos eram os preferidos pelos pintores. Como em nenhum outro lugar, a pintura flamenga representa com autenticidade e crueza as disparidades sociais, mostrando o povo simples ao lado dos personagens sofisticados. O mesmo realismo que projeta os detalhes do luxo ressalta a dura opressão da miséria, da fome e do desamparo.
Os principais pintores flamengos foram o Mestre de Flemalle (1375-1444), os irmãos Jan (1390-1441) e Hubert (1366-1426) Van Eyck, Rogier Van der Weyden (1400-1484), Hugo Van der Goes (1420-1482), Hans Memling (1435-1494) e Hieronymus Bosch (1450-1516).

Na França: base na corte parisiense
O renascimento francês alcançou um elevado grau de elaboração em várias áreas das artes e da cultura. Sua base seria a corte parisiense onde os monarcas atuaram como mecenas (patrocinadoreS).
Alguns dos principais artistas no período foram Pierre Lescot (1510-1578), arquiteto, e Jean Fouquet (1420-1480) pintor.

Na Inglaterra: o teatro de Shakespeare
O renascimento inglês é bem mais tardio, se comparado ao italiano e ao flamengo. Só se torna marcante em 1485, com a consolidação do Estado nacional inglês.
Não houve nenhum desenvolvimento significativo nas artes plásticas. A produção cultural concentrou-se na música, na literatura e no teatro. Com esse último, a contribuição mais notável do Renascimento inglês foi o teatro elisabetano cujo maior expoente foi William Shakespeare (1564-1616).

Na Alemanha: gravuras de Dürer
Também nas terras germânicas o Renascimento aconteceu tardiamente, entre o final do século 15 e início do século 16. Na Alemanha, como aconteceu na Flandres, serviu de inspiração a vida burguesa das cidades que passavam por um intenso processo de enriquecimento.
A forma característica da criação artística alemã foi a gravura sobre metal ou madeira. O mais notável gravurista foi Albrecht Dürer (1471-1528). A leveza de seu traço permite a seus trabalhos transmitir com a mesma força uma sensação que passa por realismo e fantasia, naturalismo e magia.

Adão e Eva, Albrecht Durer


 Fonte: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/renascimento-as-esculturas-e-a-expansao-pela-europa.htm

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A Arte Gótica

A Arte Gótica caracterizou-se pela arquitetura das catedrais católicas, irradiando-se para a escultura e para a pintura no final da Idade Media.
Catedral de Milão

A arte gótica, ou o estilo gótico, surgiu no norte de onde hoje se localiza a França, no século XII, e difundiu-se inicialmente como um estilo arquitetônico para diversas localidades da Europa até o século XV. A arte gótica é considerada como uma expressão do triunfo da Igreja Católica durante a Idade Média, já que era uma expressão artística notadamente religiosa.
O estilo gótico era contraposto ao estilo arquitetônico românico, anteriormente em voga nas construções medievais, principalmente em mosteiros e basílicas. Essas construções eram caracterizadas pelos arcos de volta perfeita, redondos, e por abóbodas de arestas (constituídas pela penetração de duas abóbodas) feitas em estruturas maciças e com poucos vãos.
No estilo gótico, as estruturas das construções são mais leves, formadas por vãos mais amplos, cujo objetivo é conseguir uma maior luminosidade no interior das edificações, auxiliada pela utilização de janelas delicadamente trabalhadas e de vitrais em forma de rosáceas.
As naves das catedrais, principais expoentes da arquitetura gótica, eram construídas em formato ogival, ação possibilitada por avanços técnicos na construção dos arcos de sustentação. Esses arcos em formato de ogivas, agulhas e capitéis, somados ao uso dos arcobotantes, possibilitaram às edificações serem mais altas, com formas arquitetônicas mais verticalizadas, indicando um direcionamento para o céu, o que caracterizava também sua perspectiva religiosa.
As paredes e as colunas eram mais finas e leves, apresentando nervuras que as reforçavam. A entrada das catedrais possui três portais, ao contrário de um único portal presente nas construções românicas. A grandiosidade das construções oferece ainda a impressão da pequenez do homem frente à suntuosidade das edificações.
O nome gótico foi possivelmente cunhado por Giorgio Vasari (1511-1574), um dos expoentes do Renascimento, que o considerava como um estilo artístico monstruoso e bárbaro. Gótico possivelmente deriva de godos, povo bárbaro que invadiu o Império Romano no período de sua decadência. Essa perspectiva pejorativa dada à arte gótica somente seria superada no século XVIII, quando uma nova forma de olhar a arte gótica passou a ser desenvolvida na Inglaterra, irradiando-se, posteriormente, para outros países.
Mas o estilo gótico não se resumiu à arquitetura. Nas representações escultóricas houve também mudanças, caracterizadas principalmente com a intenção de dar vida às figuras humanas através da expressão de sentimentos. Colocadas nos pórticos das catedrais, as esculturas góticas parecem movimentar-se e olhar uma para as outras, carregando ainda símbolos que permitiam a identificação dos personagens bíblicos, por exemplo. Um dos nomes de destaque na escultura gótica foi Nicola Pisano.
Na pintura é de se destacar as iluminuras realizadas nos manuscritos religiosos, onde mais uma vez a intenção de retratar os sentimentos humanos foi expressa. Na pintura gótica, o nome de Giotto di Bondone (1267-1337) destacou-se, apesar de o pintor italiano representar uma transição para o Renascimento, desenvolvendo novas concepções e métodos de trabalho, buscando um realismo cada vez maior. Ele pretendia transpor para seus afrescos e murais os objetivos e as concepções desenvolvidas pelos escultores góticos, em uma criação de ilusão de profundidade em uma superfície plana.
Outro pintor de destaque foi o holandês Jan Van Eyck (1390-1441) que pretendeu registrar os aspectos da vida urbana e da nascente sociedade burguesa de sua época, buscando trabalhar também com a noção de perspectiva e com a representação dos detalhes em suas obras.
A arte gótica acompanhou o período do renascimento urbano e comercial na Europa, disseminando-se com o poder econômico da nascente burguesia do continente. Não eram somente as catedrais que eram trabalhadas pelos arquitetos, escultores e pintores, mas também os edifícios seculares, não religiosos. Um exemplo foi a construção do Palácio dos Doges, iniciada, em 1309, em Veneza, no auge do poder econômico da cidade portuária italiana. A partir de finais do século XV, o gótico foi sendo paulatinamente superado pelo estilo artístico desenvolvido com o Renascimento.


Fonte:  https://www.brasilescola.uol.com.br/historiag/arte-gotica